Só.

Eu não estou lá. Tem alguém em meu lugar, ocupando o vazio que eu não soube preencher. Eu sei quebrar os momentos passados. Você só sabia quebrar a rotina. Comum? Normal!
A gente tinha o que precisava. Não o que queriamos. Ou seja: tanto faz. Não queriamos nada ou não tinhamos tudo. Eu queria saber o por quê de você ter ido, quando a distancia eu nem imaginava o que seria. Perdendo tempo com tudo aquilo que foi construido. Iniciado. Esquecendo o que foi vivido. Terminado. Fim?
De vez em quando, eu te esperava voltar. Meu bem, benzinho. Em qualquer dia de chuva suficiente para abraçar-te e fazer o mundo desabar sem nenhum motivo ou explicação.
Requer saudade. Trezentos e sessenta e cinco dias sem chover. Olhando o Sol ir e vir. Ver o tempo se fechar sem saber pra onde ir.
Cadê o nosso jardim? Nossas rosas nunca existiram?
E o banco? Dialogos? Melhores conversas?
Foi-se.
O que permanece não são boas lembranças, não. É amor. Isso mesmo. Pois é. Amor. Saudade. Más memórias, bons encantos. É aquele domingo a tarde. Faz falta.
Se o tempo exitir, vai valer a pena?
Tudo vai terminar bem?
Alegre seriamos se tudo fosse bom, bem.
Terminamos. Terminei. E agora?
Dá pra começar sem me perder no tempo, como eu perdi você?

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