A mesma história quando a cabeça está desocupada. Pra variar, todas as noites. Era setembro, que se lembre. O medo pela morte nuca foi tão grande quanto como aquelas torres que acabavam de cair. Sempre pareceu-lhe frescura ou um simples pesadelo que custava a passar (ou que pudesse entender). Seja o que for, o desejo de ser eterna era inevitável.
Nunca esteve ao acaso de escrever sobre a morte, mas quando criatividade e falta de motivos começaram a bater em sua porta, discorrer sobre a angustia de morrer era a coisa mais boba mas a que mais que serviria para acabar com tal tormenta.
Se é questão de amadurecimento... já não se sabe. Só és um fato. Consumado. Isso é triste? Talvez. A dúvida talvez não deveria existir, aliás, não existe. É triste pra quem não se acostumou a idéia de que verdade absoluta e unica certeza (absurda) que temos é esta.
E o medo por ela chegar, onde fica?
Fica com a incerteza no que virá depois. Depois? Se finalmente ela encontrar alguém, saberá ela o que esperar. É só questão de tempo.
Mas vem cá, o que acaba primeiro: o nosso tempo ou a vida que vemos passar?
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