Cansei de tentar prever os dias. Ando interiormente livre, tentando não pensar mais do que deveria. Aquela coisa de sempre-prolongar-os-pensamentos abandonou o meu ser. Tenho feito mais. Deixei as coisas para trás. Os sentimentos que me prendem a qualquer lembrança de rostos, olhos e mãos quentinhas foram cuidadosamente silenciados dentro do meu peito. É uma mistura de "deixar ir" com o desejo de "ir além". Eu quero mais do que remoer as mágoas do meu coração. Eu quero mais do que alimentar o meu orgulho ferido e de chorar a cada filme besta que me lembre de alguém. Eu preciso me guiar sem esperar pelas pessoas. Eu preciso saber recomeçar sem lembrar do medo, da culpa e de toda a dor que assombram a minha mente.
No fundo, eu só preciso esquecer o que não deu certo; o quase; o talvez; e todas as reticências que cismo em colocar em meus dias.
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