Eu sempre fui durona em questões amorosas. Não que eu deixei de acreditar que domingos de tardezinha fazem um bem danado a que os compartilha. É de não querer me entregar nunca, pra ninguém. Eu sempre me guiei com cuidado, estrategicamente pra que eu não sofresse quando a solidão voltasse a bater à minha porta. Durona não quer dizer que eu não acreditei em todos os momentos vividos, em todos que ainda poderia viver. Durona de não querer mostrar o que eu sinto. De não esperar mais do que me ofereciam. Nunca quis prender ninguém perto de mim. Tentei deixar vidas livres, pensamentos e sensações à mercê de quem os tinha. Eu não me importo com tanta coisa. Eu vivo minha vida, independente de relacionamentos. Eu sonho acordada demais. Percebi que ser legal, nunca será o suficiente. Eu queria estar mais perto de quem eu amo, queria dizer mais vezes o que eu sinto. E o medo de ser chata? De ser melosa? Eu queria não me matar de preocupação quando meu amor fica doente ou quando ele chega de madrugada sem me avisar. Eu queria não sofrer por esperar algo do futuro. Eu queria ser tanta coisa pra agradar alguém. Acordo todos os dias, carregando o mundo nas costas em busca de mudança... mas eu não consigo.
E será que, de tanto sonhar que as coisas vão mudar, eu não conseguirei mudar nada?
Como faz pra alguém amar a gente na mesma proporção? Como faz pra ter todas as partes pra você, da mesma maneira que você as entrega pra alguém?
Quem sou eu
Grande mentirosa, mais besta que a besta e dona de um coração “viciado em amar errado”.
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