É engraçado como as coisas acontecem na minha vida. Esta frase, por exemplo, de vez em quando sempre aparece para começar meus textos. Mas ora, realmente é engraçado. Quando um lado está certo, o outro está desequilibrado e vice-versa. Ao pé da letra: sorte no jogo, azar no amor. Ao pé da letra mais ainda: azar no jogo, sorte no amor. É isso. Eu poderia muito bem terminar por aqui, porque só estas palavras, em ordens distintas, já dariam o entendimento concreto e conciso que busco. Na verdade, é assim: finalmente consegui um estágio na minha área. Mil maravilhas, aprendi tanta coisa em sete meses que eu não imaginaria aprender. Cresci tanto profissionalmente como espiritualmente (não, não é balela). Até então, o lado amoroso nem era tão bom assim... porém, agora, faz sete meses que tirei as pedras da minha mão, coloquei uma flor atrás da orelha e tirei os sapatos para dançar livremente. Encontrei algumas barreiras que me impediram de fazer certo passos na minha dança, mas não delimitaram serem impossíveis de serem dançados. Semana passada, cá estou eu na fila do desemprego de novo. Agora, as mil maravilhas não são mais em relação ao que eu aprendi. Eu não tenho nada, nem dinheiro no banco, porque a porcaria do estágio não me dá direito a nada. A flor atrás da minha orelha está cismando em cair, mas o ritmo da música não para. Eu quero dançar como se não houvesse o amanhã, mas parece que tem um passado lá fora prendendo o meu presente. O passado de alguém prendendo o nosso presente. Será tudo fruto da minha imaginação? Emprego, amor, dança e flor no cabelo? Será que há alguma balança para equilibrar aquelas duas coisas, de amor e jogo? Se fosse em dias passados, eu estaria me matando por dentro tentando entender porque as coisas são assim. Mas eu cheguei a conclusão que eu faço muito por mim. Faço muito pelos outros. Se ninguém faz por mim, o que mais eu posso dizer? Obrigar alguém a me dar um emprego? Amarrar alguém pra gostar de mim no presente como gostava de outro alguém no passado? Não, eu não posso fazer isso. Ao pé da letra, mais uma vez: ninguém é obrigado a gostar de ninguém. No fundo, eu sei que sou errada, chata e louca. Mas lá no fundo eu tenho um coração de moça, que espera mensagens bonitinhas, carinho e beijo na testa espontaneamente. Bem lá no fundo eu só queria que fosse diferente. Que as pessoas se entregassem às coisas e a mim da mesma maneira que eu me entrego à elas.
Quem sou eu
Grande mentirosa, mais besta que a besta e dona de um coração “viciado em amar errado”.
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