talvez seja só aquela velha sensação de que a vida esteja chegando ao limite. talvez, uma mera superstição do acaso onde não consigo achar as respostas pras dúvidas frequentes que assombram minha cabeça. mas, o certo é que têm dias que custam a viver. custa ficar à mercê do que a vida há de me dar um dia ou de qual caminho me espera. nesses dias, qualquer coisa arde dentro de mim. seja um arranhão por conta de um prego despercebido na parede, seja por coisas que não gosto de ver. talvez eu leve tudo muito a sério, e não consiga aproveitar esses segundos preciosos que um dia pode conter. mas é que, às vezes, dói tanto. dói não poder fazer as coisas que queria; dói não poder levar meu amor para onde gostaria de levá-lo; às vezes, só dói por saber que não posso acelerar o processo das coisas que quero conquistar na vida. eu sei que vou chorar, como na música, mas queria que não doesse tanto. eu sei que vou conseguir, como nas frases de livro de autoajuda, mas queria que fosse rápido. eu sei que tudo muda, a todo instante, como nos ditados populares, mas queria conseguir agora e esquecer dessas coisas que doem, que ferem e que rasgam dentro dos meus pensamentos tão rapidamente como quanto comecei a pensar. no fundo, por mais normal que o processo de conquistar e esquecer as coisas da vida possam ser, eu só queria fechar meus olhos e desaparecer por uns instantes.
corda bamba
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