- Eu não controlo o tempo, baby. - Queria que você controlasse. - É... eu também!
CONVERSATION
Eu queria não esperar mais do que devia. Queria não escrever sobre ajuda. Dores, desilusões. Não entendo nada. Nada de mim. Nada de você. Nada de ninguém. Busco as rimas fáceis, escafandro, morangos mofados e cem anos de solidão. Vasto pra ser sincera. Cansei dessa história de só escrever quando dói ou quando a felicidade a casa torna. Tenho vontade. Não tenho nada pra fazer. Alguém lê? Curiosidade ou também falta do que fazer? Que zona. Eu não sei de mais nada. Acho que nem o Caio me entenderia. Não, mas quem não entende sou eu. Não me entendo, não acredito nisso. Desconfio. Quer saber? Deixa pra lá. Como vou me explicar se nem eu sei que explicação é essa que devo?
CONVERSATION
Olhava fixamente para você em alguns instantes. Era conhecido, mas por onde andavas? Não interessa. Invade meu dia comos teus olhos, a minha mente.
O mesmo sorriso perfeito. Os olhos, agora conhecidos, continuam calmos. A alegria preenche o meu dia. Simples como o ar que passa dentro do seu pulmão Lindo como sobreviver ao próximo encontro. Encanto até que ponto? Carinho demais, eu diria. Eu não esqueci. Não. Só sinto falta do seu terno. (com botões no pulso)
CONVERSATION
Dói saber que você foi uma parte de mim. Dói mais saber que ainda é.
CONVERSATION
Eu não te deixo. Queria te abandonar, mais uma vez, como naquela tarde de chocolate amargo. É, eu queria te dizer tudo o que mora aqui. Mas pra que perder tempo mais uma vez nisso, se tudo não passa de uma grande e iludida história de amor? Amor ? Houve. Mesmo com todos os telefonemas que eu esperava, todas as coisas que eu queria que ficassem claras. Droga. Droga de verdade. Tudo culpa desse frio. Dessa garoa. Chá de camomila, cobertor xadrez e meias de dedinhos. Ah, como eu queria ver você surgindo na minha porta, implorando pra se aquecer. Como eu queria que você voltasse a descansar seus olhos sobre mim. Hoje todo mundo tava apaixonado. Cara, como isso me irritou. Uma data e nada mais. Um dia e um último suspiro. Pobres coitados. O amor acaba tão rápido e nem se torna carinho. Torna mágoa, saudade. Porra, como me dói sentir saudade de você. Eu queria te ver aquecido. Não me lembro quantas vezes eu disse pra mim mesmo que te queria de volta. Eu não lembro mesmo. Eu queria acabar com toda essa desgraça. Esses pensamentos que me remetem a você. Pois é. Agora eu já nem sei mais que dia é hoje. Ou que foi ontem. Onde é que você ficou hoje? Eu te procurei pelas cartas, pelas fotos e cheiros. Preciso de você. De vez em quando, não todo dia. Mas você me cansa. Eu não aguento mais ouvir tua voz na minha cabeça. Não aguento lembrar do seu cheiro. Eu passo mal. Quero teu silêncio, tuas frases vazias. É, só quero isso. Que mal há em querer mais do que uma simples lembrança?
Nos dias em que a linha tênue se mistura com o ar mais puro, as mais belas criaturas ficam a deriva do tempo a esperar calmamente o dia chegar ao fim. Junto com o vento e um punhado de flores, cruzam-se com as variadas cores ambiente a fora. Em voo prolongado e sem hora para terminar, sentem a linda sensação de “ser” sem por os pés no chão. Ora em bando, ora solitárias brincam com as luzes. Com suavidade a céu aberto, encerram seu dia com vestígios de coragem. Perdem-se com orgulho pra voltarem quando sentirem vontade. Ah, doce liberdade! Sinta minha calmaria, como o bater das asas de uma borboleta.
CONVERSATION
O simples fato de você existir, me consome feito droga.
CONVERSATION
Eu tentei impedir, mas você ficou (em mim) igual aos meu livros - mofados na estante.
CONVERSATION
Eu quero ser mais do que eu já fui menos do que eu sou. Eu quero ser sem ter que esperar. Não tenho tempo pra mais tempo.
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