Queria entender essa nossa aproximação, depois de olhares cruzados com a minha intenção de querer outro alguém. A primeira surpresa que me fez ao surgir na minha frente apenas pra dizer "oi" e ficar sorrindo olhando sem dizer nada com nada, e minha cabeça rodar pelo alcool que eu havia tomado, me deixou desnorteada. Do teu jeito que não me conquistaria tão facilmente, mas que não parou um minuto pra me explicar o que estava acontecendo. Do jeito que me fez sorrir sem conseguir me conter, ao se despedir de mim tocando os lábios como quem toca a melhor melodia. Do jeito desligado para quando tentava segurar suas mãos e você rindo dizendo "isso é novo pra mim". Na verdade, eu não consigo esquecer do que não é novo pra mim, mas só consigo pensar no que seria de mim depois de uma ida de um bar até o metrô mais próximo. Talvez fosse só mais um dia qualquer, mas a direção que teus passos tomaram depois da sua despedida me pegou desprevenida. Eu não esperava tanto, enquanto contornava meu ombros com o hálito com gosto de desejo e selava toda vontade repreendida. Notava meus traços com o olhar critico, mas que sabia realmente como me agradar. Fez samba no meu corpo, cuidando para que cada nota, fosse tocada com carinho e atenção. Do jeito que as coisas fluíram, eu não consegui imaginar nada, além do estado de loucura que tua vontade me deixava disposta, até a hora que eu soltei: "você é apaixonante". Você não viu, me virou de lado e forçou meu riso com a mais brusca palidez, enquanto eu olhava espantada pensando em te dizer pra não mudar, que não era pra se preocupar que eu não ia cair em amores. Eu não queria nada novo, nada além do que me deu. Mas, agora, você me manda uma mensagem de "Feliz Ano Novo" e eu me pergunto se respondo "Obrigada" ou se te pergunto "Continua como antes?". Surpresa: eu não sei de mais nada!
Surpresa
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