O segurança do prédio vive me dizendo bom dia, mas eu nunca respondo por medo de ele ser um maníaco ou tarado estuprador com aquele "hehehe" sarcástico dele. Eu me vi passando por ele, com a intenção de respondê-lo e me surpreendi ao ouvir o "Tenha um bom dia, minha filha" que ele havia me dito. Foi assim que eu percebi o quanto eu era dura comigo mesma e que me faltava tanta coisa. De voltar a olhar pra cada pessoa e soltar aquele sorriso que eu sempre tive para dar. Eu percebi que todas as horas extras que ando fazendo no trabalho não são nada quando as horas perdidas são na verdade, todos os risos, palavras e abraços que eu poderia dar para alguém. É de sentir saudade de quando distância não era problema. Percebi valores e sensações esquecidas, guardadas por debaixo do esforço recompensado no fim do mês. Percebi e aprendi novas trilhas sonoras, outros atalhos para chegar em casa e outras formas e gestos de fazer o coração bater mais forte. É paixão, é saudade e é todo esse ritmo que danço todos os dias, não apenas buscando identidade e quebra de rotina, mas outros "bom dias" e sorrisos que a vida (ainda) pode me dar.
Quem sou eu
Grande mentirosa, mais besta que a besta e dona de um coração “viciado em amar errado”.
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