Como se eu quisesse trazer seu cheiro pra dentro da minha bolsa, que fica ao meu lado enquanto tento pegar no sono. E cada gota de álcool que passava pela minha garganta, você ficava mais longe, mais desejado e menos querido. Era comum te olhar, falava, falava e falava (pra variar) e eu não queria escutar nada daquilo. Em um deslize, como se eu pudesse conter a pequena lágrima que escorria, queria saber se era só mais uma e se tinha se divertido o suficiente para não lembrar no decorrer do mês. Seu polegar tentava me satisfazer com a resposta que acabara de procurar e que desabava tudo o que estava escondendo dos pensamentos que me remetem a tua cama. Eu preferia ter dormido com você do que ter feito você secar minhas lágrimas, ao me beijar com o gosto salgado do meu choro - Talvez por caridade do meu pranto ou por pura vaidade sua de não conseguir se manter longe de um lábio qualquer. Eu preferia ter passado a madruga inteira em baixo de você do que ter segurado sua mão. Eu não precisava olhar pro teus olhos para entender os motivos dos meus. Pra dizer jamais, preferia o teu prazer do que meu choro. Para meu adeus, eu queria ter desejado teu corpo do que ter rejeitado minha razão.
Quem sou eu
Grande mentirosa, mais besta que a besta e dona de um coração “viciado em amar errado”.
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