Eu fecho os olhos pra não mostrar a imaturidade dos meus pensamentos ao te procurar pela multidão, todos os dias. Não consigo entender como o destino pode ser tão bom e tão destruidor ao mesmo tempo. No meio de tanta gente, nunca reparei em ninguém até você reparar em mim. Penso em me adiantar de manhã e me atrasar de tarde só pra tentar te encontrar, mas é incrível como meus olhos nunca pairam sobre os seus. Eu saio todos os dias em busca dos seus passos: eu não consigo evitar. É além do que minha vontade quer, vai mais do que a razão fala pra não fazer. É totalmente involuntário, não consigo não pensar em você. Não consigo não sorrir ao lembrar de você. Não consigo não querer você. Eu lembro do seu rosto descendo até seu ombro direito, sorrindo sem mostrar os dentes, com uma covinha bem em cima da bochecha e uma feição linda que não sai da minha mente. Não consigo não imaginar você assim, todas as vezes que te encontraria. Não consigo não pensar em como seria o meu passar dos limites com você. Não consigo não entender essa vontade louca de te ver de novo, essa vontade (in)consciente de falar com você. Não consigo não agir com a razão. Não consigo não ser assim quando o assunto é meu destino cruzar com o teu. Eu só consigo ficar quieta, vendo seu rosto na minha mente, sorrindo sozinha e dobrando os lábios para cima lamentando nossos caminhos desviados.
Labirinto
Interiormente presa,
correndo em círculos que eu mesma criei.
Sempre fugi, como se isso alimentasse em mim a suposta idéia de que seria melhor.
Fico horas olhando uma linha, tentando escrevê-la e pensando em uma maneira de não ferir ou julgar algo/alguém com o que disse.
Não consigo mais fugir, com dúvidas cada vez mais difíceis de serem respondidas. Não tenho como me resolver. Eu sinto falta dos teus dedos desenhado linhas involuntárias e bem traçadas sobre meu peito, tornando-as mais completas que as linhas da minha fala. É do cheiro dos teus olhos enquanto tocava minha cintura com a mais brusca lucidez. Falta da tua ligação que me tirava o sono imaginando meu dia acalmado sobre teu encanto. Vontade imatura de ouvir você falando sem parar e eu dormindo sem querer prolongar essas noites do seu lado. Desejo do abraço das suas pernas que meus braços nunca sentiram.
Eu nunca estive "aqui" pra nada. Sempre deixei acontecer, mesmo sem querer.
Só que agora, agorinha, eu não consigo esperar o tempo fazer acontecer. Eu tento segurá-lo, mas foge mais rápido do que eu mesma do meu próprio labirinto. Eu preciso aprender a dançar meus dias, cantar minhas manias e beijar meu tempo... eu só não sei como estar aqui pra isso.
correndo em círculos que eu mesma criei.
Sempre fugi, como se isso alimentasse em mim a suposta idéia de que seria melhor.
Fico horas olhando uma linha, tentando escrevê-la e pensando em uma maneira de não ferir ou julgar algo/alguém com o que disse.
Não consigo mais fugir, com dúvidas cada vez mais difíceis de serem respondidas. Não tenho como me resolver. Eu sinto falta dos teus dedos desenhado linhas involuntárias e bem traçadas sobre meu peito, tornando-as mais completas que as linhas da minha fala. É do cheiro dos teus olhos enquanto tocava minha cintura com a mais brusca lucidez. Falta da tua ligação que me tirava o sono imaginando meu dia acalmado sobre teu encanto. Vontade imatura de ouvir você falando sem parar e eu dormindo sem querer prolongar essas noites do seu lado. Desejo do abraço das suas pernas que meus braços nunca sentiram.
Eu nunca estive "aqui" pra nada. Sempre deixei acontecer, mesmo sem querer.
Só que agora, agorinha, eu não consigo esperar o tempo fazer acontecer. Eu tento segurá-lo, mas foge mais rápido do que eu mesma do meu próprio labirinto. Eu preciso aprender a dançar meus dias, cantar minhas manias e beijar meu tempo... eu só não sei como estar aqui pra isso.
CONVERSATION
Perdoa o drama e não desiste (de mim)
Clarinha,
Eu não aguentei, tive que escrever isso pra você. Desculpa se estiver soando estranho pra você, mas sinto falta de quem era.
Sabe aquela alegria que você sempre passa pra quem está do seu lado?
Aquela que quando uma pessoa está com problemas ela até esquece só por te ter como companhia?
Aquela, Clarinha, que fazia você esquecer dos próprios problemas.
Eu estou sentindo falta dela.
Lembra que você costumava fazer piada de tudo e rir de tudo como se nada mais importasse?
Lembra que você era a primeira a se dispor pra fazer alguém sorrir ou apenas ficar quietinha segurando a mão da pessoa olhando pro seu rosto com vontade de dizer "eu estou aqui"?
Lembra que o mundo podia acabar, que você só se importava em dar risada?
Eu estou sentindo falta disso.
Você anda cansada, com o espírito triste e a mente vazia. Cadê aquela juventude, aquela vontade de viver que você passava pra mim?
Ah, sabia que eu só continuei a trabalhar aqui porque sabia que você me apoiaria, mesmo que todo mundo apontasse o dedo pra mim? Eu continuei porque você estaria presente todos os dias, e era como se eu estivesse todas as horas com a minha filha (desculpe a comparação, mas eu sinto que você é a minha filhota que eu preciso ter sempre por perto).
Eu estou sentindo sua falta.
De quando você ria sem parar, de quando você cantava "Eu vou tirar você desse lugar" pra mim e me fazia acreditar que gostava de músicas bregas, de quando você tinha tempo pra tudo, mesmo não tendo tempo pra nada, de quando você encostava o queixo entre os punhos e ficava sorrindo sozinha, lembrando de alguma coisa que aconteceu. De quando você não pensava pra dizer as coisas, de quando você não carregava o mundo nas costas e não se importava com o que iria acontecer se algo desse errado.
Eu estou sentindo falta da sua felicidade.
Quando você vai voltar a por os pés no ar e pular de um sonho para outro, de paixão para outra, e deixar as pessoas se aproximarem de você?
Volte a ser feliz, Clarinha.
Por mim.
Por nós.
Por elas e eles.
Por você.
Não demora muito, tá?
beijinho ^^
Eu não aguentei, tive que escrever isso pra você. Desculpa se estiver soando estranho pra você, mas sinto falta de quem era.
Sabe aquela alegria que você sempre passa pra quem está do seu lado?
Aquela que quando uma pessoa está com problemas ela até esquece só por te ter como companhia?
Aquela, Clarinha, que fazia você esquecer dos próprios problemas.
Eu estou sentindo falta dela.
Lembra que você costumava fazer piada de tudo e rir de tudo como se nada mais importasse?
Lembra que você era a primeira a se dispor pra fazer alguém sorrir ou apenas ficar quietinha segurando a mão da pessoa olhando pro seu rosto com vontade de dizer "eu estou aqui"?
Lembra que o mundo podia acabar, que você só se importava em dar risada?
Eu estou sentindo falta disso.
Você anda cansada, com o espírito triste e a mente vazia. Cadê aquela juventude, aquela vontade de viver que você passava pra mim?
Ah, sabia que eu só continuei a trabalhar aqui porque sabia que você me apoiaria, mesmo que todo mundo apontasse o dedo pra mim? Eu continuei porque você estaria presente todos os dias, e era como se eu estivesse todas as horas com a minha filha (desculpe a comparação, mas eu sinto que você é a minha filhota que eu preciso ter sempre por perto).
Eu estou sentindo sua falta.
De quando você ria sem parar, de quando você cantava "Eu vou tirar você desse lugar" pra mim e me fazia acreditar que gostava de músicas bregas, de quando você tinha tempo pra tudo, mesmo não tendo tempo pra nada, de quando você encostava o queixo entre os punhos e ficava sorrindo sozinha, lembrando de alguma coisa que aconteceu. De quando você não pensava pra dizer as coisas, de quando você não carregava o mundo nas costas e não se importava com o que iria acontecer se algo desse errado.
Eu estou sentindo falta da sua felicidade.
Quando você vai voltar a por os pés no ar e pular de um sonho para outro, de paixão para outra, e deixar as pessoas se aproximarem de você?
Volte a ser feliz, Clarinha.
Por mim.
Por nós.
Por elas e eles.
Por você.
Não demora muito, tá?
beijinho ^^
CONVERSATION
Lembranças
Abro a torneira do chuveiro com a intenção de um banho rápido. A água cai fervente sobre meu couro cabeludo e eu não sinto nada. É como se todas as minhas lembranças virassem um filme muito bem produzido que vai lentamente tomando conta da minha mente, me fazendo viver tudo de novo. O medo me persegue. Eu já não consigo controlar essa sensação dentro de mim. Não é medo de uma agulha na hora da injeção ou medo de levar uma bronca no trabalho. É medo do tempo. Lembro-me muito bem quando ele começou. Foi exatamente da mesma maneira que eu me encontro agora. Minha mãe abria a torneira, já que mesmo na ponta dos pés eu não conseguia alcançá-la. Lembro das lágrimas salgando meus lábios e estes, tremendo como se estivesse tomando um banho frio na parte mais gelada do planeta. Foi neste dia que eu descobri o que era tempo. Eu tinha medo de quando minha mãe dizia estar cansada de tudo e soltava o que mais pedia pra não ouvir: "- Um dia vocês vão se ver livres de mim!". A sensação de vê-la saindo pela porta e nunca mais voltar, era a que eu mais temia. Depois de um certo tempo, passei a me acostumar (ou pelo menos tentar entender) que eram palavras "comuns" de mães para filhos. O medo pelo tempo ainda assombrava minha mente, todas as noites em claro, quando me via entre quatro paredes que pareciam me engolir cada segundo que custava a passar e que não me fazia pegar no sono. Fui me tocar novamente do meu medo quando a pessoa que eu mais amava encontrar aos finais de semana, a que mais demonstrava seu carinho e afeto por mim, me deixou sem dizer adeus. O meu medo maior naquela semana que Ela ficou longe era de que não conseguisse ler/ouvir o bilhete escrito esperançosamente: "Espero que melhore logo. Quero comer brigadeiro e te mostrar os pinheiros que me ensinou a pintar com um só tom de verde! Volta logo, beijoca". Esse medo de que minhas palavras não fossem lidas era o mesmo de perde-la sem dizer que seria a pessoa que mais sentiria falta. Eu não tive tempo de ler para Ela, mas soube que sorriu quando ouviu da boca de outra pessoa. Só consigo me lembrar das suas unhas sendo pintadas com um esmalte bem clarinho em seu leito de adeus. Ainda sinto seu cheiro de bolo. Foi neste dia tive medo das flores, porque sabia que elas A acompanhariam e Ela se incomodaria com seu cheiro depois de murchas em seu sonho eterno. Por outro lado, nunca tive medo do primeiro dia de aula, do primeiro amor ou do primeiro tombo desses degraus que a gente costuma subir durante a vida. Na verdade, acho que isso é receio, não medo. Não tive medo quando o amor da minha vida foi embora, se despedindo de mim com os olhos cheios de saudade e com as mãos trémulas de carinho. Acho que depois dessa cena, meu maior medo era do homem que eu mais amei na vida. Esse medo ainda corre ao meu lado, quando aparece cambaleando todas as noites cheirando a alcool. Medo de olhar pro seu par de olhos. "Dois olhos verdes da cor da fumaça (e o veneno da raça)". Pra ser sincera, acho que é medo de Ele nunca mais voltar a ser quem era. Era medo de quando minha amiga-irmã foi passar as férias em outro país e me deixou uma carta dizendo que se, acontecesse algo com ela, eu tinha autorização de ficar com tudo o que era dela. Eu não sabia que esse medo tomaria conta de mim durante o mês que ela ficou fora e que eu nunca torci tanto pela volta de alguém como eu torci pela dela. [...] Sinto que deveria dizer pra todas as pessoas o quanto elas me fazem ser, o quanto cada uma é única e essencial para mim, mas acho que ninguém entenderia. É medo que parece bobo. Medo é besteira para os outros, na maioria das vezes. Mas eu não vejo isso. Eu vejo como algo que eu não consigo lidar. Algo que impede meu sono todos os dias, como se fosse algo impossível de ser resolvido. Eu queria não tê-los. Não me venha com "você tem que viver a vida". Isso me dá medo, porque eu sei, que por mais que eu viva todos os instantes, que eu sinta todas as sensações e faça tudo para que seja memorável para mim (e para quem eu interferir por hora), um dia, não sobrará mais nada. E aí, o que eu vou dizer para meu medo? Que ele estava certo e que tudo não passa de grandes e eternas lembranças.
CONVERSATION
E o meu problema é querer
de mais
algo que eu sei que vai durar
de menos.
de mais
algo que eu sei que vai durar
de menos.
CONVERSATION
Alguma coisa
Eu sei do jeito como olha e me chama pra perto que eu não preciso me conter.
Tudo me agrada.
Eu não acredito em nada.
Nada além da forma que ri segurando os lábios ou como balança a cabeça e fala sem parar, sinalizando tudo (ou quase tudo) o que eu falo.
Alguma coisa me diz que eu deveria correr. Correr como se fosse a coisa mais impossível e fácil de segurar.
Eu não acredito em quase nada.
Nada além da forma que crê em todas as possibilidades ou como compara os discos e músicas prediletas, sem me fazer gostar deles.
Eu não quero acreditar em nada.
Nada além dos seus olhos me abrindo e fechando o tempo sem que eu possa controlar
o estado louco de alegria e contentamento.
Alguma coisa me diz que eu deveria parar por aqui.
Mas eu não consigo evitar: nem tudo me agrada, a não ser o fato de ser você;
Tudo me agrada.
Eu não acredito em nada.
Nada além da forma que ri segurando os lábios ou como balança a cabeça e fala sem parar, sinalizando tudo (ou quase tudo) o que eu falo.
Alguma coisa me diz que eu deveria correr. Correr como se fosse a coisa mais impossível e fácil de segurar.
Eu não acredito em quase nada.
Nada além da forma que crê em todas as possibilidades ou como compara os discos e músicas prediletas, sem me fazer gostar deles.
Eu não quero acreditar em nada.
Nada além dos seus olhos me abrindo e fechando o tempo sem que eu possa controlar
o estado louco de alegria e contentamento.
Alguma coisa me diz que eu deveria parar por aqui.
Mas eu não consigo evitar: nem tudo me agrada, a não ser o fato de ser você;
CONVERSATION
Chama, diz.
Não espero pra ver se te encontro num caminho só.
Capaz de setembro não ser tão bom quanto agosto
que quebrou as regras
dos outros que queriam o desgosto.
Eu não sei.
Vejo por aí que não tinha alguém
assim,
assim como você
que corre na minha direção como quem realiza seu sonho mais louco.
Eu devo bordar o amor com linhas demais
toda vez que me sorri com os olhos
e me olha com a boca
extasiada de vontade
e de toda a culpa
que não temos.
Grava teu compasso
como quem faz a melodia mais singela.
Me diz o que é tempo
pra que eu não te veja todos os dias
mas sim
pra que seja sua.
Diz pra ficar.
Diz pra não desembarcar do lado esquerdo
e me toque a pele
com teus lábios cobertos de prazer.
Capaz de setembro não ser tão bom quanto agosto
que quebrou as regras
dos outros que queriam o desgosto.
Eu não sei.
Vejo por aí que não tinha alguém
assim,
assim como você
que corre na minha direção como quem realiza seu sonho mais louco.
Eu devo bordar o amor com linhas demais
toda vez que me sorri com os olhos
e me olha com a boca
extasiada de vontade
e de toda a culpa
que não temos.
Grava teu compasso
como quem faz a melodia mais singela.
Me diz o que é tempo
pra que eu não te veja todos os dias
mas sim
pra que seja sua.
Diz pra ficar.
Diz pra não desembarcar do lado esquerdo
e me toque a pele
com teus lábios cobertos de prazer.
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Grande mentirosa, mais besta que a besta e dona de um coração “viciado em amar errado”.
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