Três horas

Elas são três. Três histórias para contar.
Um pátio, um banco. Um desejo em comum. Uma delas, diz sentir saudade de seu amor. A outra, fica a ser culpar por não ter sido ela mesma. E a última, diz esquecer o tempo passado.
Ou seja, todas elas tiveram seu coração partido. Ficam tentando achar solução ou palavras de conforto para a dor uma das outras, enquanto a terceira, cheia de verdades, fica a falar tudo o que não querem ouvir mas que sabem que são fatos.
As duas, são meus amores. Ficam a me perguntar tantas coisas e eu explico, mostro, desenho, falo e elas se espantam mas entendem. Continuaram a se perguntar e eu, ali, sentada sob a sombra daquela árvore, com o pensamento voando longe. Espero o tempo me trazer palavras, mas ele bate em portas fechadas e fico a imaginar. Apenas, isto.
"-Se eu tivesse sido eu mesma, talvez estaria com ele!"
"-Se eu visse que ele me queria tão mais quanto eu, não teria o deixado."
E eu, voltei para aquele instante. A lágrima e a fúria estava em meus olhos: "-Agora ele quer um abraço? Quanto tempo, quanto dias eu esperei um abraço e nada me veio ?
Não são lembranças. Eu estava indignada. Desapontada. E a vontade de ligar para teus olhos estava tomando conta de mim... mas elas me impediram.
A busca da felicidade sempre é o que querem e nós não poderiamos nos excluir disto. O querer esquecer o mundo, as dores e tudo o mais é absurdo. É insaciável.
Mas, o portão verde se fecha e anuncia a hora de subir.
E as histórias irão continuar...

(elas ainda possuem dúvidas e eu ainda possuo segredos)

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