Eu ainda estou me revirando em meio a tantas sensações e talvez alucinações em que minha mente possa estar me pregando uma peça. Ensaiei discursos tão cheio de mimos e enfeites, para quando eu te encontrasse fosse a coisa mais rápida e sensata que eu já teria feito. A ideia de que o possível rolasse e que eu fosse ao teu encontro sem nenhum parecer, não me veio como uma luva. Bebi algumas doses de cara de pau pra poder ter o que te falar, porque eu pensei que dessa forma seria mais fácil te olhar nos olhos, te encarar mais uma vez. Achei, inclusive, que seriam apenas alguns minutos diante sua presença, mas caí em rodeios. O alcool fazia efeito e você continuava na minha frente, com poucas palavras, e a música que tocava me fazia querer dançar como se não houvesse o amanhã. Eu realmente estava numa paz de espírito sem precedentes e eu via teu corpo se movimentando de um lado pro outro, sem tirar os olhos dos olhos que te olhavam. Falha-me a memória e não me lembro de quando me pus a sua frente e começamos a dançar, sem falar nada, era um riso, era uma graça. Quando começamos a trocar palavras, a voltar as coisas passadas, as razões, os sentidos e a toda graça, parecia que eu estava segurando o mundo inteiro em minhas mãos. Era como se todas as minhas dúvidas fossem respondidas, toda a angústia que eu sentia quando apenas lia ou ouvia o seu nome, fosse curada. Eu não consegui segurar a lágrima que escorria, como não consegui conter o riso. É como se sentir dentro de um refúgio, mas sem estar sozinha. Na verdade, é de ter estado com você, de ter te olhado, de ter sentido o seu cheiro e de segurar você por pequenas frações de segundos e perceber, que o tempo todo, você esteve aqui. E que mesmo que a rotina, as pessoas e sei lá mais o quê, sejam outras, eu sempre tive a certeza de que o tempo todo, meu mundo era teu.
"Do nosso amor, a gente é que sabe."
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Grande mentirosa, mais besta que a besta e dona de um coração “viciado em amar errado”.
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