Dona de mim

Eu sou quem eu quero
oblíqua
Pessoalmente irreverente
da mulher a qual serei
Mediamente a superar

Eu sou quem eu quero
hoje
Sem grandes esconderijos
Sem pequenos velhos abrigos
agora não mais tarde

Eu sou quem eu quero
passado
Contentamento indecente
que faz pedaços de mim
(tranquilamente)

Eu sou quem eu quero
passageira
adivinho o fim
escondo o caminho
Um segundo sempre é uma dor

Eu sou quem eu quero
dona de mim
grandeza intransferível
Não se vê, não se tem
Oco que veio e não esteve

Eu sou quem eu quero
meu nome não esta em livros
Dissolvo a escuridão
e o resto é tudo
não menos apagado

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