Dopada pelo meu sono, o braço direito completamente para fora da cama, enquanto os pés tremem de frio por causa da minha mania de nunca cobri-los. Eu deveria ter tomado mais remédios, pra evitar meus pensamentos gritando comigo. Eu vi nome por nome, telefone por telefone, procurando alguém que conseguisse me distrair. Bobagem, nenhum deles ficaria acordado até tarde para me fazer pegar no sono. Me fazer pagar altas contas pelas horas de uso no celular. Não falaria baixinho me chamando de baby, quando eu mais precisasse esquecer dos meus medos. É dessa coisa que sinto falta, dessa atenção para quando eu estiver falando. De se preocupar perguntando se não quero dormir. De mesmo estando do outro lado, falar para conversar deitada, pro sono vir mais rápido. Por ter sido mais um domingo, mais um mês que passou e não saber por onde você anda. Eu te vejo transbordando de satisfação, enquanto sorrio entendendo o porque desse caminho desviado. Oito anos é tempo demais. É muita coisa diferente. Não digo gostos e idéias. Digo de futuro e ideais. A forma de querer viver o presente. Dessas coisas tão grandes que eu sempre quis fazer pequenas. É desse pensamento da minha vida acabar sem eu querer. Egoísmo da minha parte ou pura vaidade, tanto faz. Achei que tivesse perdido isso. Eu perdi. Eu perdi o tempo que esteve do meu lado, nessas ligações minimas que me faziam bem. É de conforto, é de sensibilidade. E não adianta, os minutos continuam a passar e eu não consigo pegar no sono.

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