Eu sei, eu quero.

Tento me distrair ao ficar deitada naquele chão gelado.
Fico sem voz pelo vento que sopra tão suavemente e meus olhos persistem em derramar recordações.
Não deveria, mas há essa calma, árvores que balançam tão lentamente, silêncio que reina em meio as crianças correndo no pátio... não tem como. Quero encontrar um refúgio, meus passos estão controlados com vontade de ir a encontro de outros.Em busca de razão para um possível roteiro que mude minha vida e que traga um querer desconhecido.
Estava pensando.
Não preciso que ninguém me diga nada. Só que se aproxime. Me deixe ser, me deixar estar. Deixar me dissolver em meio ao nada, sem que eu me perca. Quero mudar completamente de opnião, de casa, de país, de vício, de mania, de paixão, de mim. Quero ficar por aqui, esperar alguém aparecer. Alguém que me conte uma história pra dormir e antes de acaba-la, que possa me despertar lentamente para dizer que estará do meu lado. Eu sei, eu quero demais. Eu espero demais.
Foi isso o que eu sempre fiz.
Esperar.
É simplesmente o que eu posso fazer por mim.
Sem agressividade. Certa e errada. Mais errada do que certa. Os dois, por que não ?!
Mas sem solicitações, sempre aceitei o que era me dado. E nunca precisei ir além.
Talvez daqui a pouco, eu começo a voltar a minha rotina.
Talvez eu queira te encontrar.
Enquanto isso, continuo a repetir o meu velho querer entre sonhos, a esperar palavras que entendam meu viver.

(tenha certeza que meus ombros caíram)

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