a chuva caindo lá fora e eu aqui. Sinto o frio e tento esquentar esse coração meu que só soube dizer adeus para quem amava. Vivendo cada segundo em busca de destino, mas sem razão de me manter presa em apenas um lugar. Seria melhor se o tempo adiasse essas longas horas de espera e trouxesse a esperança de um alguém fruto de uma flor a nascer.
A maneira boba de escrever iniciais em meu pulso, alimenta um sonho a realizar, na cor vermelha a borrar minha pele e deixar vestígios de uma remota possibilidade, que nem mesmo a chuva tira o simples desenho do desejo a tomar conta de mim. O sobrenome em meu caderno, em meio a símbolos que remetem a um possível amor, se perde na tímidez da minha escrita e as oito únicas letras de forma, se encontram nas outras cursivas. Uma boa escolha seria escrever em todas as páginas o que sinto, mas não sei bem o que são páginas. Só sei o que são dias. Se eu parar para contá-los, as iniciais ficarão ainda mais gravadas em mim.
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