Suspeito

Apenas exceções, suspira.
Restituíram cada vez mais, imperecível no modo de ser.
Não percas tempo com coisas "pela metade", ouvira com certo ar de displicência.
Fuja do dia sem atribuir a melancolia de estar a esmo.
Apesar dos pesares, angústias e decepções são devolvidas a ferro e fogo quando menos se espera.
E o que é seguro?
"-Desista, obedecer as regras de segurança está fora de cogitação."

Cilada.
Em noites escassas, afoga-se o cotidiano, a rotina. Bucólica. Sem graça, ah que grande piada.
Na confluência do querer, sinto em dizer que queria despertá-lo, num entardecer mais dia do que noite.
Se o céu chovesse todo o início de manhã, meus olhos não soariam desespero. Raiva.
Se o beijasse toda noite antes de adormecer, meu abraço não sentiria desprezo. Indignação.
Com receio de enfrentar, com a razão de se enfeitiçar.
E onde aprenderia a deixar de amar ?
"-Uma pena. Nunca aprenderá. Lembre-se: falsas dificuldades criam alusões de felicidade!"
Volta e meia, meia volta, volta inteira. Serás quem és ?
Entrega-se clandestinamente ao calar de perdas e perderás o favor de fazer de si mesmo, o descanso de sensação mais refinado do que o próprio ser.
Poderá precisar dela, quem sabe.
Doce que é doce sabe o que é viver.
O gosto eterno do sonho a realizar. Amar, amar. Poupar-se.
Uma memória que se reflete, fixamente, quando fecha teus olhos.
Se visse o querer que nela estava despertando, talvez ela não entraria em seu último suspiro.
E não teria ouvido
"- Não suspeite da alegria que queria preencher o vão das tuas mãos"

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