Há tanta ilusão no meu modo de estar.
Desolada, com sonhos estreitos diante da
beleza e do esplendor
de um dia sem lembranças. Quanto mais esperança.
"-As coisas vão se encaixar, não tenha dúvidas!" - que grande tolice,
céus!
Tão ocultas se encontram as verdades.
Eu, naturalmente, as engulo friamente com a persistência:
"É tempo para a solidão, quer encaixe melhor do que este?", diria meu pobre dia sem rumo.
"-Não poderia mudar, não deverá mudar.", penso entre sonhos.
Teimo em nada dizer pelo simples ar que entra em mim apenas para poder respirar e não para me contentar com dezenas de respostas.
Notara um carinho a nascer, sentia. Porém, em arames farpados fui perdendo a intensidade do meu desejo, supérfluo e perdido no âmago do meu querer.
Eu mesmo me espanto,
sem resistir,
à peste da minha própria falta de credo.
"Tentaria ser convincente",
suplicava lentamente, com os olhos afogados em lágrimas e coração voltando ao ócio.
Com virtude de sonhos amar, sem almejar o quão longe isso poderia me levar.
"De vez em quando eu choro. De vez em quando, sempre!", que no fim de tarde vai se transformando em raiva, em tédio.
Porque
eu sei, que no final das contas, eu irei terminar sozinha. Caindo em contradição.

(em tamanha mediocridade)

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